domingo, janeiro 22, 2006

Presidenciais IV

Uma palavra a Viseu, ainda "Cavaquistão", ao contrário do que pensava e desejava Mário Soares (ou Manuel Alegre, já não me lembro bem, pois estou a citar de cabeça, com dores na dita cuja).
Os 65,68% de votos em Cavaco Silva mostram que no distrito de Viseu - que quase todos os dias se queixa da interioridade - o povo tem memória. Não esquecem o que Cavaco Silva lhes deu enquanto primeiro-ministro, basicamente milhões de euros desbaratados em "Mercedes" e "BM's", fortunas instantânes, no vir e no ir, que deixaram o interior onde sempre esteve desde que Portugal é país com fronteiras definidas: lá no interior, aquilo a que em Lisboa chamam de "província". Enquanto Lisboa ganhou várias auto-estradas de faixas múltiplas, Visei foi brindada com o IP5, qual arma apontada à cabeça, fórmula de suicídio para os que não resistam ao peso da interioridade. Dentro em breve vão ter o IP5 transformado em auto-estrada. Talvez então, novas vias de pensamento se abram no Cavaquistão.
Não deixa de ser curioso que Cavaco Silva, uma espécia de mito urbano, D. Sebastião redentor, triunfe como fenómeno rural.
Por falar em mitos urbanos, vou tomar dois comprimidos para a dor de cabeça, porque isto do café com casca de limão não está a resultar.
Felizmente há genéricos...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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7:56 da manhã  

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