quinta-feira, outubro 12, 2006

Scolari: o homem é bom!

Afinal, o seleccionador nacional, Luiz Felipe Scolari (assim mesmo, Luiz e Felipe), tinha razão: um empate com a Polónia era bom, pelo menos melhor que uma derrota, ainda que não tão bom como a vitória que à partida o brasileiro parece ter renegado.
Resta agora saber se Scolari é mesmo bom porque nos vídeos que viu dos polacos (porque ele não vê jogos ao vivo) descortinou na selecção da Polónia uma potência esquecida do futebol mundial, que ainda há pouco perdeu em casa, 3-1, com essa outra super-potência do pontapé na bola, a Finlândia (com quem tivemos a suprema sorte de conseguir um empate - visto pela perspectiva scolariana), ou se Scolari é bom a adivinhar porque ele próprio faz parte da advinha. É que ao estabelecer como meta a conqusita de 4 pontos, num máximo de seis, admitiu que, sendo certos os três pontos contra o Azerbeijão, ficaria contente com o empate na Polónia. Ao fazê-lo, diz-se cá pela tasca, tolheu a ambição dos jogadores, limitou-lhes a imaginação e a certeza de que a crença de vencer não só era uma opção viável, como uma exigência a quem tem estado, diz que é e quer continuar entre os melhores do Mundo. Para lá do discurso amedrontado (calculista, como alguns cá na tasca defendem), Scolari ainda deu uma ajuda à adivinhação do empate como bom, ao meter em campo um jogador como Ricardo Rocha, que falha demasiadas vezes e é demasiado efusivo quando faz o que lhe compete, ganha um lance ou corta uma bola, agindo, quando tem sucesso, como se acabasse de salvar o Mundo. Como se não bastasse, manteve a aposta em Costinha, um "Ministro" (assim lhe chamam) cada vez mais sem pasta, que parece já não ter capacidade, sequer, para secretário de Estado. Já para não falar da xenofobia do brasileiro, que teima em ostracizar o cigano Quaresma, ou se quiserem, a Portofobia, continuando a fazer de conta que não vê a magia daquele a que chamam o Harry Potter! Ai a vassoura...