sexta-feira, outubro 06, 2006

Urgências da Saúde


O ministro da Saúde, Correia de Campos, anunciou o fecho de 14 urgências hospitalares no país.
Correia de Campos, que há pouco tempo disse que jamais iria a um SAP, garantiu que o fecho será feito com ponderação e de uma forma faseada, enquadrado numa reorganização das urgências hospitalares, de tendência centralista, uma vez mais.
O ministro, que não recorre aos serviços públicos, garantiu que haverá mais ambulâncias e carros de socorro. Entende-se, uma forma de minimizar o impacte do fecho das urgências, o que levanta a questão: se tem consequências e afecta as pessoas ao ponto de ser preciso reforçar os meios móveis de socorro, por que razão fecham?
O ministro, que não precisa de ir a um centro de saúde, diz que a reorganização das urgências pretende lutar contra a "dispersão" e o "facilitismo" em que se caiu nos últimos 20 ou 30 anos, e disse não ter a "pretensão" de deixar "99% das pessoas satisfeitas", por haver sempre "razões de queixa". O caso não é para menos, é que há pelo menos 1 milhão de portugueses com razões de queixa. São os 10% que segundo a Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências vão ficar a mais de 45 minutos de uma urgência, quando o ideal seria ficar a menos de 30 minutos.