Barriga cheia
"Mais acertado esteve o Governo ao anunciar que vai acabar com o regime especial de saúde de que beneficiam os jornalistas. Esta posição, ultraminoritária entre os jornalistas, é tomada em consciência e não por, pessoalmente, beneficiar de um salário mais elevado do que a média ou de o meu jornal incluir entre os seus benefícios sociais um seguro de saúde"
José Manuel Fernandes, directo do jornal Público, na edição de 21 de Novembro, em editorial, referindo-se ao fim da caixa de previdência dos jornalistas.
Como se prova, é fácil ser liberal quando se está de barriga cheia e costas aquecidas.
Belas palavras de um jornalista que também é administrador da empresa em que trabalha, e que, enquanto director do jornal, quando confrontado com a decisão da empresa - em que se calhar até participou - de despedir mais de meia centena de jornalistas, reagiu, condoído e solidário, com uma cartinha a lamentar o inevitável. Ele lá continua, com o tal salário "acima da média" e um "seguro de saúde" - que não tarda, cá como nos EUA, será obrigatório para atendimento no (moribundo) Sistema Nacional de Saúde (SNS), esse projecto de Fénix que renascerá das cinzas como o SPS (Serviço Pago, ou Privado, como queiram, de Saúde).
Na saga, apoiada por JMF, de acabar com os "privilegiados", o Governo está simplesmente a nivelar o país por baixo. Em vez de acabar com os supostos "privilégios" dos magistrados, dos polícias e dos jornalistas, o Governo, que tem a obrigação, moral, histórica e constitucional de zelar pelo bem dos cidadãos, deveria era pugnar pelo aumento dos "privilégios" dos restantes cidadãos.
Já agora, senhor JMF, escreva lá qualquer coisa sobre a ADSE, o sistema próprio de deduções dos funcionários públicos. E, senhor ministro, este privilégio não acaba também? Ou somos todos cidadãos de segunda ou ainda restarão privilegiados?
José Manuel Fernandes, directo do jornal Público, na edição de 21 de Novembro, em editorial, referindo-se ao fim da caixa de previdência dos jornalistas.
Como se prova, é fácil ser liberal quando se está de barriga cheia e costas aquecidas.
Belas palavras de um jornalista que também é administrador da empresa em que trabalha, e que, enquanto director do jornal, quando confrontado com a decisão da empresa - em que se calhar até participou - de despedir mais de meia centena de jornalistas, reagiu, condoído e solidário, com uma cartinha a lamentar o inevitável. Ele lá continua, com o tal salário "acima da média" e um "seguro de saúde" - que não tarda, cá como nos EUA, será obrigatório para atendimento no (moribundo) Sistema Nacional de Saúde (SNS), esse projecto de Fénix que renascerá das cinzas como o SPS (Serviço Pago, ou Privado, como queiram, de Saúde).
Na saga, apoiada por JMF, de acabar com os "privilegiados", o Governo está simplesmente a nivelar o país por baixo. Em vez de acabar com os supostos "privilégios" dos magistrados, dos polícias e dos jornalistas, o Governo, que tem a obrigação, moral, histórica e constitucional de zelar pelo bem dos cidadãos, deveria era pugnar pelo aumento dos "privilégios" dos restantes cidadãos.
Já agora, senhor JMF, escreva lá qualquer coisa sobre a ADSE, o sistema próprio de deduções dos funcionários públicos. E, senhor ministro, este privilégio não acaba também? Ou somos todos cidadãos de segunda ou ainda restarão privilegiados?
1 Comments:
aos psudosjornalistas baixava todososvencimentos 50% eles foram os coveiros deste pais!nao o tal xocrates.
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