sexta-feira, novembro 03, 2006

Economia de cordel

Um artido da revista Slate relata a forma como algumas grandes empresas mundiais estão a proceder a cortes nas despesas. No artigo intitulado "Pinching the Penny Pinchers - Idiotic Examples of Corporate Cost-Cuting", o autor, Daniel Gross, fala da Yahoo!, da Ford e do Crédite Suisse.
Aqui ficam alguns excertos significativos da tendência das grandes multinacionais: apertar ao máximo com os trabalhadores (vulgo colaboradores na linguagem neoliberal), levando o corte das despesas ao ridículo, exasperando os trabalhadores (perdoem-me a incapacidade para escrever colaboradores), arriscando a causar mossas no ambiente de trabalho, a bem de números finais que possam apensar em gráficos - cremos que apesar dos exemplos, coloridos, para o topo da cadeia alimentar, leia-se hieraquia - constantando a redução da despesa e o aumento dos lucros.
Resultados que farão crescer o valor das acções, aumentando os rendimentos de uma espécie humana que passa uma vida inteira sem nada produzir, vivendo apenas do expediente da especulação - todos saberão como se chama esta espécie.
Sem mais, porque muito mais haveria e não é este o tema nem o "timming" do post, os excertos mais significativos do texto de Daniel Gross:

"As reduções de custos em grupos com grandes lucros, como Crédit Suisse, são impostas com indiferença impiedosa. E, porque são arbitrárias e parecem concebidas para impor o máximo de contrariedades aos colaboradores, podem muito bem ser perigosas para o ânimo destes".

"O que exaspera os empregados é verem as suas modestas vantagens reduzidas, enquanto o desperdício reina em muitos outros domínios. O Crédit Suisse concede, todos os anos, prémios de sete algarismos a centenas dos seus banqueiros. Anunciar a colaboradores, que estão a preparar uma posição de conjunto sobre as transações dos clientes, que não podem imprimir as suas apresentações em Power Point a cores, porque a empresa tem de fazer ecomomias de cordel, parece uma futilidade".