quarta-feira, novembro 01, 2006

Sol de pacotilha

O primeiro-ministro, José Sócrates, inaugurou, nestes dias recentes, com a pompa que se calhar a circustância dispensava, a maior central de produção de energia solar da Europa. Pelo menos, assim creio ter ouvido, de rompante e à tangente do tempo, nas ondas efémeras da rádio, entre curva-e-contra-curva, buzinadela e insulto, verbal ou gestual, em mais um regresso a casa após a jorna.
Se não estou em erro, José Sócrates é o primeiro-ministro de um Governo que retirou dos benefícios fiscais as despesas com a instalação de energia solar. Se não estou em erro, repito.Errado ou certo, voltarei à questão, debruada a negro pela nega célere (a pelo menos 212 km/h) do ministro da Economia à eventualidade da energia nuclear em Portugal. Um tema, aliás, já aqui abordado na tasca.
A não se confirmar erro cá do povo da tasca, parece que estamos perante mais uma gafe deste governo, a fechar uma semana - ou a abrir uma outra - pródiga em confusões ministeriais, mal secretariadas e pior assessoradas. Mau, muito mau para um Governo que, desde o início, faz profissão de fé na imagem, que desde sempre aposta forte na imagem de que faz, de que faz bem feito, ainda que por vezes o pouco que consegue fazer mais valia não ter feito. Mau para um Excutivo que, por vezes, dá a impressão de que prefere fazer boa figura a figurar entre os que fazem obra. Para quem vive da imagem, estes últimos dias foram muito baços, nebulosos e corrosivos...