
Os bancos fizeram chegar aos clientes, através da comunciação social, que é inevitável a taxação dos serviços providenciados através do multibanco. Lembro-me que, aí há um ano, o notícia havia sido redigida mais ou menos nestes termos: "no futuro, os bancos ponderam taxar os serviços efectuados com o cartão multibanco". Esta semana, os bancos fazem chegar a mensagem que é inevitável. Alegam os custos de manutenção das máquinas, dos cartões e etc. Custos, que o consumidor tem de pagar, obviamente.
Omitem, os bancos, que os ATM's lhe têm rendido milhões de euros por ano. Os cortes em pessoal, em número de balcões e a redução dos custos com o pessoal tem sido conseguidos, em boa parte, com a derivação de serviços anteriormente só possíveis ao balcão para o multibanco e o online. Além disso, fica mais tempo livre para os bancários ligarem a sugerir investimentos, a vender faqueiros, seguros de vida ou cartões de acesso a serviços médicos.
Quem ainda se lembra que pedir um simples extracto bancário só era possível ao balcão - imagine-se que agora até os depósitos podem ser feitos através das máquinas - lembrar-se-á da quantidade de funcionários que tinha cada balcão; não é difícil lembrar, também, as filas imensas e demoradas, que torravam a paciência a cada cliente.
Com o advento dos ATM's, alijeirou-se muita da carga que pendia sobre os bancários e os banqueiros aproveitaram para alijeirar muita da carga que eram os bancários.
Não satisfeitos com a brutalidade do aumento dos lucros que registaram todos os bancos, sem excepção, no ano de 2005, mandam "bitaites" a avisar a malta de que o uso do cartão, que tanto insistem em oferecer-nos, vai, também, sair-nos do bolso.
Cá para mim, devemos retaliar, porque sem o nosso dinheirinho os bancos não podem fazer-nos créditos. Por isso, é tirar de lá a massa e voltar a guardá-la debaixo do colchão. O problema, é que temos a conta truncada à custa do crédito para a compra do carro, do dvd, do plasma, da casa, do seguro de vida, do cartão de sáude, do faqueiro e até do colchão, que é ortopédico e foi vendido por estagiário do banco.
Porra, estamos tramados! Lá teremos de pagar...