quinta-feira, março 09, 2006

Confirma-se

No dia Mundial do Rim, Aníbal Cavaco Silva tomou posse como presidente da República portuguesa.
Dizem cronistas, com um discurso de primeiro-ministro. Jornalistas, confirmam-no. Pelo menos, assim o leio.
Curiosamente, à sobremesa do primeiro almoço como PR, serviu-se "papão" de frutas! Curiosa escolha...

sábado, março 04, 2006

Devaneio

A União Europeia aprovou um subsídio para vítimas da globalização. Assim de memória, acho que pagam 10 mil euros a trabalhadores que tenham perdido o emprego por causas relaccionadas com a globalização, como por exemplo a deslocalização.
Permitam-me um devaneio, com um exemplo inventado:
1 - Há 10 anos, a "Calcantes" recebeu 10 milhões de euros de ajudas através de programas comunitários para se instalar em Sapatos City.
2- Anteontem, a "Calcantes" mudou a produção para a Hungria, ao abrigo de um programa da União Europeia, recebendo 10 milhões de euros de incentivos. Fechou a fábrica em Sapatos City e deixou mil pessoas no desemprego.
3 - Todos cumpremos requesitos para beneficiar do subídio de globalização. Como dizia o antigo 1º Guterres, é só fazer as contas - mais dois milhões a sair da UE.
4 - Se contabilizarmos os benefícios fiscais concedidos pelo Governo ao longo da década que esteve instalada em Sapatos City, fica bem a ver-se que isto de criar emprego, fechar e deslocalizar parece um belo negócio.
É certo que, enquanto cá estão, há emprego, menos depressão, há produção, divisas da exportação, talvez algum dinheiro em impostos - dependendo da extensão dos benefícios fiscais. Mas, fazendo as contas, será que a coisa compensa aos Governos e à UE?

Há grunhos simpáticos

Há por aí um post com um link para um texto neste blogue. Dei mais umas voltas e gostei. Por isso, oGrunho passa a estar linkado cá no estaminé.

sexta-feira, março 03, 2006

Apelo a bancários

Só para rematar estas questões das banca.
É assim: o que quer dizer ao certo a taxa indexada à Euribor?
Pergunto isto porque os nossos bancos costumam antecipar as subidas das taxas de juro decretadas pelo BCE - que me lembre, nunca anteciparam as descidas!
E, se a taxa é indexada, o que significa esta antecipação?
Significa que, ao antecipar, estão a amentar o spread (lucro) que contratualizaram connosco? Se é isso, é irregular. Que poderemos fazer?
Ou significa que estão a alterar a Euribor, que é, por exemplo, de 2,3 %, mas estão a cobrá-la como 2,5%. Isto também não me parece certo.
Por isso, perante um quadro de antecipação que me parece ilegal, pergunto, leigo, que podemos fazer?

A banca e o multibanco

Há mais gente preocupada com a questão do multibanco. Como tenho pressa, deixo aqui o link, onde há mais informações, sugestões e passagem para uma petição.

http://ogrunho.blogspot.com/2006/03/banca-prepara-se-para-nos-sacar-ainda.html

Mangas por urânio

Estados Unidos e Índia assinaram um acordo de cooperação nuclear civil. Basicamente, os indianos abrem 14 dos 22 reactores nucleares às inspecções internacionais, continuam com o programa nuclear militar e mantêm-se fora do tratado de Não Proliferação Nuclear. Em troca, os estados unidos fornecem tecnologia civil nuclear, urânio e combustível. Só!?

O que parece não é. A Índia importa 70% do petróleo que consome - estima-se que esta dependência suba para 85% bos próximos anos - e certamente os EUA estarão prontos para vender o petróleo necessário a manter de pé a terceira maior economia da Ásia.

No discurso que se seguiu à assinatura do acordo, Bush disse que os americanos estavam ansiosos por comer as mangas indianas. O presidente norte-americano reconheceu que as trocas comerciais entre os dois país vão intensificar-se e os especialistas acreditam os 28 milhões de dólares "trocados" entre Índia e EUA estão muito aquém do que é possível.

Com mais de um bilião de habitantes, a Índia é um imenso e aptecível mercado. Os americanos vão comer-lhes bem mais que as mangas...

Multibancos = multilucros

Os bancos fizeram chegar aos clientes, através da comunciação social, que é inevitável a taxação dos serviços providenciados através do multibanco. Lembro-me que, aí há um ano, o notícia havia sido redigida mais ou menos nestes termos: "no futuro, os bancos ponderam taxar os serviços efectuados com o cartão multibanco". Esta semana, os bancos fazem chegar a mensagem que é inevitável. Alegam os custos de manutenção das máquinas, dos cartões e etc. Custos, que o consumidor tem de pagar, obviamente.

Omitem, os bancos, que os ATM's lhe têm rendido milhões de euros por ano. Os cortes em pessoal, em número de balcões e a redução dos custos com o pessoal tem sido conseguidos, em boa parte, com a derivação de serviços anteriormente só possíveis ao balcão para o multibanco e o online. Além disso, fica mais tempo livre para os bancários ligarem a sugerir investimentos, a vender faqueiros, seguros de vida ou cartões de acesso a serviços médicos.

Quem ainda se lembra que pedir um simples extracto bancário só era possível ao balcão - imagine-se que agora até os depósitos podem ser feitos através das máquinas - lembrar-se-á da quantidade de funcionários que tinha cada balcão; não é difícil lembrar, também, as filas imensas e demoradas, que torravam a paciência a cada cliente.

Com o advento dos ATM's, alijeirou-se muita da carga que pendia sobre os bancários e os banqueiros aproveitaram para alijeirar muita da carga que eram os bancários.

Não satisfeitos com a brutalidade do aumento dos lucros que registaram todos os bancos, sem excepção, no ano de 2005, mandam "bitaites" a avisar a malta de que o uso do cartão, que tanto insistem em oferecer-nos, vai, também, sair-nos do bolso.

Cá para mim, devemos retaliar, porque sem o nosso dinheirinho os bancos não podem fazer-nos créditos. Por isso, é tirar de lá a massa e voltar a guardá-la debaixo do colchão. O problema, é que temos a conta truncada à custa do crédito para a compra do carro, do dvd, do plasma, da casa, do seguro de vida, do cartão de sáude, do faqueiro e até do colchão, que é ortopédico e foi vendido por estagiário do banco.
Porra, estamos tramados! Lá teremos de pagar...

quarta-feira, março 01, 2006

Of corso, not

O último ébrio acabou de cambalear porta fora. É hora de fechar, de pôr-do-sol laboral, entre copos ensanguentados de vinho e pratos lavados de comidas. Quando a nova aurora reentrar, será quarta-feira de cinzas - não tenho bem a certeza, mas acho que é isso que se chama ao dia seguinte ao Carnaval, mas como a cataquese vai longe e há muito renegada, posso estar a ter uma falha de memória. Resumindo, quando a alvorada chegar, ficam para trás os dias de folia carnavalesca. Vai-se o corso, ficam algumas das imagens e batidas carnavalescas. Segundo um estudo ontem contado pelas televisões, os portugueses são o povo mais pessimista da Europa a 25. Pessimista e triste, acrescento eu. Será que os últimos dias de folia conseguiram inverter as conclusões do euroburocrata estudo? Of "corso", not.

(A imagem foi "sacada" em www.diegomanuel.com.ar)

P.S. futebolístico

Ao arrumar os jornais de segunda-feira para reciclar, reparei na alegria da vitória benfiquista. Um triunfo que unanimamente "relaçou o Benfica na luta pelo título". Hoje, reparei na calassificação:
1º Porto, 51 pontos.
2º Sporting, 49
3º Braga, 47
4º Benfica, 46
5º Boavista, 44
6º Nacional, 43.
Será que queriam dizer relançou o campeonato? Ou relançou o lampionato?